Diga Xis


Eu rasguei as fotos emocionais que sobraram do meu guarda-roupa mental enferrujado e as pus em molduras sem aspas e pontuações. Eu sempe vi fotografias como poesias soltas. Vou caminhando e vendo personagens que se encaixam nesse mundo de referenciais explícitos e desencorajados de preciptações. Eu tinha pouca dificuldade de enxergar esses poréns, mas habilidade nula em manipular máquinas quando mais novinho e até quando tive que realmente manipular aos 17 anos, quando tive de brincar de jornalista num jornal sério. Surrei muito a coitadinha da câmera que ainda era analógica mais muito boa (não me faça lembrar marcas e blablablas) e bonitona, tirava pose mesmo de jornalista nos bons tempos do jornal A Voz em Xiquexique aqui mesmo na Bahia. Acabei fornicando com a idéia de fazer algo relacionado a fotografia, mas de forma comercial mesmo, juntei migalhas de idéias, conversinhas na parte técnica do jornal e saiu o nome do site de cobertura de festas que na minha insana ousadia iria ser o idealizador - Teviaki.com. Como conseguiria isso ? Na lábia. Não tinha computador em casa, nenhum conhecimento em webdesigner e muito menos câmera digital pra poder conseguir essa façanha. Busquei parceiros, consegui um webdesigner que topou. Um amigo da vizinhança herdeiro da habilidade em fotografar topou também. Eis que surge o site e eu fui agregando valores e conseguindo os patrocinadores e hoje com novo domínio - www.teviaki.com.br . O site creceu, fui mais ousado, fiz ensaios sensuais com as meninas que segundo a lenda da cidade de Xiquexique seriam as mais cotadas a tal apresentação. Hoje o site é uns dos principais portais da cidade e a cargo do webdesigner que ficou com a licença de ir trabalhando o site a seu bel prazer, ou não, Eder Bastos, que faz publicidade e progaganda.
Gosto dessa relação de lembrança que a fotografia me dá. Isso vem da família que contavam estórias e mais estórias, mostrando fotos de vários albuns que minha vó tem até hoje guardado a trilhões de chaves e codigos de seguranças, alias quem não tem uma avó assim?
Mas meu fascínio com foto veio mesmo com a era digital e o poder que temos de estarmos sempre na lente e focarmos o outro, as coisas e a realidade que nos aflige. Eu as vejo-as como versos, as coloco em desordem e contenho-me em apenas disparar meu pudor de valores frágeis.